A vida continuou, com o tempo fomos nos colocando no mercado de trabalho e graças à Deus conseguimos ter uma vida digna. Meu irmão, Renato, era um confidente meu. Era nele que depositava a confiança em alguem mais experiente, ou seja, ele substituía meu pai.
No meu casamento e na minha formatura de Administrador, a participação dele foi fundamental, pois além dos conselhos que sempre me deu, ainda cedeu o salão de festas do prédio onde morava para que eu realizasse as duas festas, que foram memoráveis. Isso em 1991 e 1992. Além disso, em um dos poucos casos existentes, ele também era parceiro de barzinhos e festas, tendo sido um dos fundadores, junto com o Tito, da nossa Confraria. Era irmão e amigo.
O tempo passou, ele teve dois filhos, que sempre tiveram toda a atenção do pai, mas mesmo assim sempre tínhamos contato e a amizade cada vez maior, segurava pontas de ambos os lados.
Em 2010 nossa mãe falaceu e, mais uma vez, veio a tristeza sobre nós.
Ainda nos refazendo da perda da mãe, eu e minha irmã, Stela, levamos outro golpe da vida: o nosso querido irmão, Renato, veio a nos deixar, dia 18/5, vítima de infecção hospitalar. Foi buscar a cura e encontrou a morte.
A medicina, realmente, não evolui e os médicos não dizem coisas conclusas: estão sempre "achando".
A falta que o Renato faz é imensurável, com sua sabedoria, calma, capacidade de aglutinar e caráter.
Confesso que fiquei revoltado, mas sei que isso não vai durar muito, pois ele mesmo não quer me ver assim.
Descansa em paz, encontra nossos pais aí no "Nosso Lar" e cuida de nós aqui.
Um dia, e isso é certo, vamos nos reencontrar.
