Desde o meu primeiro casamento, reservei os sábados para visitar minha mãe. Isso lá em 1992. No inicio íamos eu e meu irmão, até para almoçar. Ficávamos até o anoitecer, jogando conversa fora, tomando chimarrão, uma cervejinha e brincávamos de jogar Master (um jogo de perguntas e respostas). O tempo foi passando e novas atividades se incorporaram no nosso dia-a-dia. Meu irmão não foi mais, depois que nasceu seu primeiro filho. Eu deixei de ir pro almoço, mas, quase que sempre, fazia minha visita nas tardes de sábado. Lá pelas 3 e meia, 4 horas da tarde lá estava eu. Passava no súper e comprava as coisas que ela muito se deliciava.
Minha mãe,de origem humilde, sempre deu exemplo de honestidade e bondade para com o próximo. Admirada pelos meu amigos sempre estava sendo lembrada.
Lembro um dia em que eu queria ir num show dos Engenheiros do Hawaí e estava sem grana, apesar de estar trabalhando, e ele me deu dinheiro para que eu fosse me divertir.
Pois depois de tantos anos curtindo os sábados junto dela, eis que na sexta passada, dia 23, ela resolveu partir, deixando um legado de simplicidade e amizade. Está ao lado de Deus, sendo meu anjo da guarda e continuando a cuidar de mim e dos meus irmãos como sempre fez.
Sábado passado foi marcante. Na hora em que eu sempre saía de casa para visitá-la, caiu um temporal com chuva, relâmpagos e trovoadas, como se avisassem que agora ela está no céu e lá eu posso visitar todos os dias.
Até um dia, minha querida mãe, Olga.