terça-feira, 18 de março de 2014

O bairro Partenon

Começava próximo da Luiz de Camões (subida da Band) e ia até... até ...Viamão. Esse era o bairro Partenon, local que nasci e vivi por mais de 30 anos. Lá na rua Evaristo da Veiga, 294 ( a casa existe até hoje ) me criei, aprendi as coisas da vida e conheci meu primeiros amigos. Lembro muito dos Stein Rosa, família grande e muito divertida, cujo filho menor era meu grande amigo. O colégio era o Emilio Kemp, aqueles de madeira, construídos pelo Brizola, onde uma galera enorme estudou por cinco anos, praticamente juntos. Depois desses cinco anos, tínhamos que ir pra outro colégio e aí muitos nunca mais se viram. Eu fui pro Padre Rambo, na Bento Gonçalves, atrás do antigo e hoje demolido Abrigo de Menores (espécie de Fase, da época). Mas lembro de alguns comércios e personagens antigos do bairro. O Armazém dos Rosa, local que vendia de tudo e ainda tinha a famosa “pinga” no balcão. Isso era muito comum e tinha, também, o “seu Bento”, que vendia querosene à granel e bem próximo muitos fumavam e bebiam, nunca ocasionando algum acidente. Na esquina da Humberto de Campos tinha a Petisqueira, um mega armazém com todos os tipos de alimentos, vendidos ala carte, sem embalagens, apenas era pesado e enrolado com papel e cordão. Mais adiante, o local em que se jogava sinuca e carta era na esquina da Barão do Amazonas era o Bar do Poleto, famoso pela sua preguiça ao atender. Tinha ainda o Chiruca, o Carmelo, o Super Nipon, a Tabacaria Dunga (existe ainda), a Hermann, a Drogabir, o alfaiate Zenon, a Taki a Sorte (lotérica), a boate Dois Leões, a Geral de Indústrias, a creche Sitio do Picapau Amarelo, na Veríssimo, a churrascaria Dois Maninhos, do querido e saudoso João, o dentista Dr. Pessoa de Brum, no fim da linha do São Manoel tinha o bar dos “da Fré”, um bando de irmãos que adoravam jogar futebol e alguns eram bons mesmo. O inconfundível seu Odilo com sua risada e piadinhas. Quando se pedia “ficha telefônica” ele dizia: “quantos quilos he he he”. A garagem Tibi foi por anos a referência em estacionamento e lavagem, era na Euclides com São Manoel. Uma lojinha de roupas (sem nome), escondida nos fundos de uma casa, na Monteiro, era muito freqüentada. A falida empresa de ônibus Sentinela, que fazia a linha Jardim Ipê, deixa apenas a garagem, na Guilherme Alves, meio que abandonada. Hoje a Presidente Vargas faz a linha. O Partenon era enorme, citei a parte até a Barão do Amazonas, que era onde eu andava mais. Mas tem muito mais história pra contar, da Barão pra lá. 


 Dois momentos da  Bento Gonçalves com a Geral à direita e o abrigo de menores ao fundo
E a turma do Emilio Kemp.