quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

O Radio, ainda.

   Aos sábados íamos na Rua Andrade Neves, no bar Vasco da Gama (o prédio não existe mais, era quase na esquina com a ladeira) e ali era o encontro de vários atores e atrizes do rádio teatro que era moda na época. Também tinham os cantores, cantoras e duplas. Inha Tuca, Inho Zeca e Dorinha entre outros.
   Aos domingos meu pai  ia pra rádio Difusora apresentar o programa das 7 as 10, ao vivo. Na Farroupilha, as 8 horas tinha o programa do Teixeirinha. Para combatê-lo, na boa, ele tocava na mesma hora só musicas do Teixeirinha. Era uma guerra pela audiência. A Difusora era dos padres capuchinhos, tinha o Irmão Atilio, que era um tipo de gerente. Aos poucos, a Bandeirantes foi tomando conta da programação e me lembro quando tiraram o programa dele pra por um jornal que até hoje existe, pela manhã, bem cedo. Lembro de alguns nome de apresentadores: Silva Filho (que era nosso vizinho) apresentava o Café da Tarde, na Itaí. Tinha o Aurelio Camara, Saião Lobato, que criou o "não diga não",  Sadi Nunes, Nelson Silva, Marne Barcelos (bem novo), Ismael Fabião e muito mais.
   As festas de fim de ano da Soberana dos Móveis, no clube Lindóia são inesquecíveis. Era tudo do bom e melhor e por conta do Tio Marquinhos. Pelo que sei, nunca mais teve um "tio marquinhos" por aqui.
   O cheiro forte da torrefação e moagem do Café Davi, na Avenida Bento Gonçalves, marcaram uma época, ao lado do colégio Padre Rambo. Inclusive eu fiz um comercial para este café. Os Vontobel  recém estavam começando e as marcas de refrigerantes ainda eram locais: Minuano Água,  Limao e Guaraná, Grapete e Bingo Cola. Mais tarde a Coca Cola trocou por suas marcas mundiais. Lá perto da Minuano, que era na Vicente Montégia, tinha a Charrua, que também fabricava refrigerantes. Hoje ainda resta alguma marca da Charrua, que foi incorporada à Vonpar. Ah e os doces Mumu: doce de leite, goiabada e chimia. Todos esses produtos tínhamos em grande quantidade em casa, haja vista que eram patrocinadores e toda a comunidade ganhava, inclusive nas festas do Colégio Emilio Kemp.
   Andei em todas as rádio da cidade, conheci estúdios, vi programas ao vivo  e gravações. Muitas rádios eram em outros lugares e tinham outros donos, mas todas passaram por um processo de modernização tecnológica, mas perderam o glamour de ser feito por pessoas apaixonadas que davam a vida por elas.

Lembranças do Radio Portoalegrense

  


   Ao olharmos as histórias "oficiais" do rádio, nada se vê sobre fatos que realmente foram importantes. Muita coisa ninguém sabe ou não interessa publicar. Mas aqui vou colocar minha memória pra funcionar.
   Meu pai (Darcy Reis Nunes), foto acima,  foi da vanguarda do rádio da capital gaúcha e é pouco lembrado. Eu o acompanhava muitas vezes entre emissoras e anunciantes, pois, segundo meu tio Roque, ele que criou a tão usada hoje "participação nos anúncios", ou seja, ele recebia um salário fixo de onde trabalhava, mais uma comissão sobre os anunciantes que ele levava para os seus programas. Entre eles estavam: Soberana dos Móveis, Café Davi, Alvex, Minuano Limão, Doces Mumu entre outros tantos.
   Eu lembro da Rádio Caiçara em Canoas, uma casinha velha, bem distante, inclusive com algumas galinhas ciscando em volta. Lembro de ter ido na casa da dupla Prateado e Belinho (foto abaixo), na rua Rio Grande do Sul, no Mathias Velho, em Canoas.
   Tinha também o casal Nelson e Gianete, frequentadores de nossa casa e que animavam muitos bailes pela região metropolitana. Ela era uma acordeonista de primeira, veja foto a seguir.
   Gildo de Freitas e Portela Delavi (junto com Orlando Muller) na foto seguinte faziam parcerias com eu pai, inclusive em letras de músicas, como o Baile dos Cabeludos.
   Tudo isso acontecia nos programas Alvorada Soberana, na Continental; Tudo é Brasil na Itaí, depois Difusora. E tinha à noite também, pois meu pai nunca parava.
   Em outra postagem continuo a falar do inicio do radio.
   As fotos postadas são do arquivo de Dari Simi.

domingo, 19 de janeiro de 2014

MARILUZ II



Volto ao tema para mostrar a Mariluz de hoje, com legenda nas fotos. A Rua Osório Correa, não tem indícios de que permanece com este nome.
Fachada da antiga Sociedade Amigos de Mariluz
Aqui era a Boate Tatuíra, encontro de namoradinhos nas décadas de 60 e 70
Vista da Avenida "Principal" em direção à Paraguassu.


Antigo Hotel Maringá.
À esquerda, atual casa,  que pertencia ao canoenses.
Local onde foi a "Ponderosa", já é a terceira casa no terreno.
Casa, no local onde foi a "dos caxienses".
Quinta casa da rua, ainda a mesma.
Ainda a mesma construção, esta era o "Galpão do Tibúrcio".
Vista da Rua Osório Correa, em direção à Paraguassu.



Esquina da Igreja, onde se via a casa do Seu Euclides e do Potoca.
(a igreja ao fundo é recente e é Luterana)
Mais uma casa antiga da rua.
Cruzamento da rua Osório Correa com a Paraguassu.

A Mariluz de hoje tem Supermercado Asun, Superbom, várias pousadas como a Mar Azul, muitos shows no centrinho, comércio bombando, rodoviária e linhas de ônibus que levam para todas as praias do litoral.