quarta-feira, 9 de julho de 2014

O vexame

O vexame da seleção, ontem, ao levar 7 da Alemanha, nada mais é que o reflexo de como as coisas são aqui no nosso país. A falta total de seriedade. E isso acontece em todas os seguimentos. Vejam bem: trazem um treinador totalmente ultrapassado, com idéias retrógradas e achando que se ganha na base do grito. Esse troglodita nunca montou um esquema tático. A equipe era um amontoado de jogadores, cada por si. Os jogadores não têm culpa nenhuma, pois foram convocados por um cara que manda todo mundo pro inferno. Colocar o Bernard, que sequer treinou algum dia entre os titulares, manter o Fred e escalar Dante, que joga na Alemanha e todos lá conhecem muito bem, é no mínimo insano. O jogo virou 5 a zero e o grande treinador nada fez, manteve o mesmo time e a mesma postura. A preocupação era tatuagens, cabelos, massagem e piscina. Até sal grosso foi jogado no banco da Alemanha. Só esqueceram do futebol, dos treinos táticos e da estratégia. Futebol é planejamento, é buscar o objetivo, sem fatores extracampo. Os Alemães trouxeram mulheres, filhos, beberam chope, foram à praia e se divertiram, mas na hora certa estavam todas lá com seriedade e com orgulho de vestir as camisas do país. Aqui não: tem uma granja Comari, de primeiro mundo, lá tem de tudo: mas tem uma comissão comandante, muito estranha: o presidente rouba medalhas de atletas, o treinador é um jurássico, do tempo do “eu que mando e pronto”. Tem um auxiliar que ainda usa prancheta e não serve pra nada, fora o Parreira, um eterno perdedor, com pequena bagagem, mas sempre nas “bocas”, que disse que “somos melhores e estamos em casa”. E agora? Consta, ainda, o desserviço da Rede Globo, que torna os jogadores celebridades e envolve todo mundo em busca do Hexa, inclusive crianças, que agora estão traumatizadas. Porque esta Rede não usa todo esse poder para mobilizar por construção de escolas e hospitais? Ao mandar todos pro inferno, o ex zagueiro do Caxias, mexeu com os caboclos e o tranca ruas veio e deu no que deu. Ah, o Neymar está vivo. Não precisava aquelas caras de velório ao entrar em campo. E ainda por cima, vem o Daniel Alves dizer que um ou sete é a mesma coisa.

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