Gosto muito é de lembrar (de preferência das coisas boas).
Dizem por aí que isso é viver. Acho que é.
Me transporto para a infância, fazendo cidadezinha de barro,
galinhas da vó,
família completa,
Escola Emilio Kemp e as primeiras aulas. A rua Evaristo da Veiga. Do
Osmir,
Cesar, Leomir, do seu Raul e a Nair do coqueiro e lá em cima, perto da Bento, o Elminho, hoje
Engenheiro, morando em Caxias do Sul.
Das idas com o pai Darcy, radialista, nas rádios Difusora,
Itaí e Continental.
No Colégio Padre Rambo, da diretora Maria Luci Fritsh, escrevia
o jornal Ultima Hora, junto com o Luis Paulo.
Ele, agora, é jornalista e mora em Fortaleza. Era uma edição
só e datilografada.
Às vezes a gente apresentava, na aula, tipo jornal falado.
Julio de Castilhos foi o colégio do segundo grau. Lá tinha o
Capitão, uma espécie
de Bedel. Cuidava pra gente não fazer bagunça. Ou seja,
precisava correr
feito um louco, porque a galera não era fácil. O Amodeo,
hoje Delegado, Nestor,
Domingos, Walter, a Berenice, do Grêmio Estudantil
organizavam a ida para
assistir a escolha da Garota Juliana, no Teresópolis TC ou
dançar na Looking Glass.
A turma das festas no bairro Partenon com meu irmão Renato,
Toninho, Jorge, Nelson, Mauro, Chicão, Tito,
Jesus entre tantos outros. Ainda com a Maris, minha irmã e suas amigas.
A praia de Mariluz, abrigou muitos desses, na Ponderoza ou
na casa da tia Marlene, com as primas Claudia e Fátima.
Nesta tarde chuvosa, que avisa que o tempo passa tão rápido
e os fatos se compactam tanto
que a gente nem se dá conta que lá se foram 40 anos.
Na Prefeitura do diretor Afonso, da Sônia, da Suzana e da
chefe Ilce.
Depois veio a fase de
ser chefe, dos compromissos, da responsabilidade pela folha de pagamento,
dividida com o João e depois com o Beto. Agora vem o fim de
carreira, a aposentadoria,
ficar em casa, cuidar dos cachorros e gatos. Ah, e da horta.
Cuidar de mim,
da esposa Simone, filhos e da vida, para que tudo possa terminar, um
dia, com dignidade.
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