Sou filho de um pioneiro na comunicação em Porto Alegre. Meu pai era Darcy Reis Nunes, falecido em 1973.
Na época ela trabalhava na Radio Difusora, mas antes esteve na Radio Itaí e na Radio Continental (tudo AM, não tinha FM). Na Continental apresentava o Alvorada Soberana (das 6 as 8 da manhã) com o patrocínio da Soberana do Móveis, do Tio Marquinhos. Lembro do meu pai acordar em plena madrugada, pois era tudo ao vivo. Na Itaí tinha o Programa Tudo é Brasil, pela noite. A Itaí e a Continental eram no mesmo edifício, na Andradas. Ali perto, na Andrade Neves tinha o bar Vasco da Gama, onde todos os artistas da época se encontravam. Músicos, cantores, atores de rádio teatro, muito em moda, na época. Ele também atuava na área de propaganda, mantendo contato com todas as outras emissoras de rádio. A Pampa era na rua Fernando Machado, a Farroupilha onde hoje é a TVE. A modalidade de "comissão" por levar patrocinadores foi implantada pelo meu pai e assim era com Alvex, Café David, Refrigerantes Minuano (embrião da Vonpar), que era na Vicente Montégia, Doces Mumu além da já citada Soberana dos Móveis, entre outros.
Lembro que a Farroupilha era no 600 e a Gaúcha no 680. Um dia trocaram.
Para ilustrar, quero contar um fato: meu pai tinha um programa na Radio Difurora, aos domingos das 6 as 9 da manhã. Das 7 as 8, o Teixeirinha tinha seu programa na Farroupilha. Para enfrentar a popularidade do cantor (que era concorrente, mas amigo também) meu pai colocava, no horário das 7 as 8, só musicas do Teixeirinha. Assim combatia o concorrente com ele mesmo.
São coisas to tempo de glamour do rádio. Amadorismos que construiram a história do rádio gaúcho.
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