quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Quem não teve, nesta vida, um dia de merda!

(postagem de João Angelli)

O que é um peido para quem está todo cagado?
A expressão do título é conhecida de todos, mas o texto que a originou é menos. É um texto de Luis Fernando Veríssimo incluído na obra Veríssima que ele fez numa viagem para Miami. Só o li recentemente e transcrevo abaixo.. Quem não conhece, leia. Vale a pena.... 'Aeroporto Santos Dumont , 15:30.. Senti um pequeno mal-estar causado por uma cólica intestinal, mas nada que uma urinada ou uma barrigada não aliviasse. Mas,atrasado para chegar ao ônibus que me levaria para o Galeão, de onde partiria o vôo para Miami, resolvi segurar as pontas. Afinal de contas são só uns 15 minutos de busão.'Chegando lá, tenho tempo de sobra para dar aquela mijadinha esperta, tranqüilo, o avião só sairía às 16:30'. Entrando no ônibus, sem sanitários. Senti a primeira contração e tomei consciência de que minha gravidez fecal chegara ao nono mês e que faria um parto de cócoras assim que entrasse no banheiro do aeroporto. Virei para o meu amigo que me acompanhava e, sutil falei: 'Cara, mal posso esperar para chegar na merda do aeroporto porque preciso largar um barro.' 'Nesse momento, senti um urubu beliscando minha cueca, mas botei a força de vontade para trabalhar e segurei a onda.' O ônibus nem tinha começado a andar quando, para meu desespero, uma voz disse pelo alto falante: 'Senhoras e senhores, nossa viagem entre os dois aeroportos levará em torno de 1hora, devido a obras na pista. 'Aí o urubu ficou maluco querendo sair a qualquer custo'. Fiz um esforço hercúleo para segurar o trem merda que estava para chegar na estação ânus a qualquer momento. Suava em bicas. Meu amigo percebeu e, como bom amigo que era, aproveitou para tirar um sarro. O alívio provisório veio em forma de bolhas estomacais, indicando que pelo menos por enquanto as coisas tinham se acomodado. Tentava me distrair vendo TV, mas só conseguia pensar em um banheiro, não com uma privada , mas com um vaso sanitário tão branco e tão limpo que alguém poderia botar seu almoço nele. E o papel higiênico então: branco e macio, com textura e perfume e, ops, senti um volume almofadado entre meu traseiro e o assento do ônibus e percebi, consternado, que havia cagado. Um cocô sólido e comprido daqueles que dão orgulho de pai ao seu autor. Daqueles que dá vontade de ligar pros amigos e parentes e convidá-los a apreciar na privada. Tão perfeita obra, dava pra expor em uma bienal. Mas sem dúvida, a situação tava tensa. Olhei para o meu amigo, procurando um pouco de piedade, e confessei sério: 'Cara,caguei!' Quando meu amigo parou de rir, uns cinco minutos depois, aconselhou-me a relaxar, pois agora estava tudo sob controle. 'Que se dane, me limpo no aeroporto', pensei. 'Pior que isso não fico'. Mal o ônibus entrou em movimento, a cólica recomeçou forte. Arregalei os olhos, segurei-me na cadeira mas não pude evitar, e sem muita cerimônia ou anunciação, veio a segunda leva de merda. Desta vez, como uma pasta morna.
Foi merda para tudo que é lado, borrando, esquentando e melando a bunda, cueca, barra da camisa, pernas, panturrilha, calças, meias e pés. E mais uma cólica anunciando mais merda, agora líqüida, das que queimam o fiofó do freguês ao sair rumo a liberdade. E depois um peido tipo bufa, que eu nem tentei segurar. Afinal de contas, o que era um peidinho para quem já estava todo cagado... Já o peido seguinte, foi do tipo que pesa. E me caguei pela quarta vez. Lembrei de um amigo que certa vez estava com tanta caganeira que resolveu botar modess na cueca, mas colocou as linhas adesivas viradas para cima e quando foi tirá-lo levou metade dos pêlos do rabo junto. Mas era tarde demais para tal artifício absorvente. Tinha menstruado tanta merda que nem uma bomba de cisterna poderia me ajudar a limpar a sujeirada. Finalmente cheguei ao aeroporto e saindo apressado com passos curtinhos, supliquei ao meu amigo que apanhasse minha mala no bagageiro do ônibus e a levasse ao sanitário do aeroporto para que eu pudesse trocar de roupas. Corri ao banheiro e entrando de boxe em boxe, constatei falta de papel higiênico em todos os cinco. Olhei para cima e blasfemei: 'Agora chega, né?' Entrei no último, sem papel mesmo, e tirei a roupa toda para analisar minha situação (que concluí como sendo o fundo do poço) e esperar pela minha salvação, com roupas limpinhas e cheirosinhas e com ela uma lufada de dignidade no meu dia. Meu amigo entrou no banheiro com pressa, tinha feito o 'check-in' e ia correndo tentar segurar o vôo. Jogou por cima do boxe o cartão de embarque e uma maleta de mão e saiu antes de qualquer protesto de minha parte. 'Ele tinha despachado a mala com roupas'. Na mala de mão só tinha um pulôver de gola 'V'. A temperatura em Miami era de aproximadamente 35 graus. Desesperado comecei a analisar quais de minhas roupas seriam, de algum modo, aproveitáveis. Minha cueca, joguei no lixo. A camisa era história. As calças estavam deploráveis e assim como minhas meias, mudaram de cor tingidas pela merda . Meus sapatos estavam nota 3, numa escala de 1 a 10. Teria que improvisar. A invenção é mãe da necessidade, então transformei uma simples privada em uma magnífica máquina de lavar. Virei a calça do lado avesso, segurei-a pela barra, e mergulhei a parte atingida na água. Comecei a dar descarga até que o grosso da merda se desprendeu. Estava pronto para embarcar. Saí do banheiro e atravessei o aeroporto em direção ao portão de embarque trajando sapatos sem meias, as calças do lado avesso e molhadas da cintura ao joelho (não exatamente limpas) e o pulôver gola 'V', sem camisa. Mas caminhava com a dignidade de um lorde. Embarquei no avião, onde todos os passageiros estavam esperando o 'RAPAZ QUE ESTAVA NO BANHEIRO' e atravessei todo o corredor até o meu assento, ao lado do meu amigo que sorria. A aeromoça aproximou-se e perguntou se precisava de algo. Eu cheguei a pensar em pedir 120 toalhinhas perfumadas para disfarçar o cheiro de fossa transbordante e uma gilete para cortar os pulsos, mas decidi não pedir: 'Nada, obrigado.'

11 comentários:

João Angelli disse...

EU JA TIVE UMA SITUAÇÃO PARECIDA COMO ESTA, MAS DEPOIS DE TER TOMADO TODAS. QUE COISA HORRIVEL.

Prova de Química - Show de resposta!

Pergunta feita pelo Professor Fernando, da matéria Termodinâmica, no curso de Engenharia Química da FATEC em sua prova final.

Este Professor é conhecido por fazer perguntas do tipo 'Por que os aviões voam?' Nos últimos exames, sua única questão nesta prova para a turma foi:

'O inferno é exotérmico ou endotérmico? Justifique sua resposta'

Vários alunos justificaram suas opiniões baseados na Lei de Boyle ou em alguma variante da mesma.


Um aluno, entretanto, escreveu o seguinte:


'Primeiramente, postulemos que o inferno exista e que esse é o lugar para onde vão algumas almas.
Agora postulemos que as almas existem; assim elas devem ter alguma massa e ocupam algum volume.
Então um conjunto de almas também tem massa e também ocupa um certo volume.

Então, a que taxa as almas estão se movendo para fora e a que taxa elas estão se movendo para dentro do inferno?

Podemos assumir seguramente que, uma vez que certa alma entra no inferno ela nunca mais sai de lá.
Logo, não há almas saindo.

Para as almas que entram no inferno, vamos dar uma olhada nas diferentes religiões que existem no mundo e no que pregam algumas delas hoje em dia.

Algumas dessas religiões pregam que se você não pertencer a ela, você vai para o inferno...

Se você descumprir algum dos 10 mandamentos ou se desagradar a Deus, você vai para o inferno.

Como há mais de uma religião desse tipo e as pessoas não possuem duas religiões, podemos
projetar que todas as almas vão para o inferno.

A experiência mostra que poucos acatam os mandamentos.

Com as taxas de natalidade e mortalidade do jeito que estão, podemos esperar um crescimento exponencial das almas no inferno.

Agora vamos olhar a taxa de mudança de volume no inferno.

A Lei de Boyle diz que para a temperatura e a pressão no inferno serem
as mesmas, a relação entre a massa das almas e o volume do inferno deve ser constante.

Existem, então, duas opções:

1) Se o inferno se expandir numa taxa menor do que a taxa com que as almas entram, então a temperatura e a pressão no inferno vão aumentar até ele explodir, portanto EXOTÉRMICO.

2) Se o inferno estiver se expandindo numa taxa maior do que a entrada de almas ,
então a temperatura e a pressão irão baixar até que o inferno se congele, portanto ENDOTÉRMICO.

Se nós aceitarmos o que a menina mais gostosa da FATEC me disse no primeiro ano: 'Só irei pra cama com você no dia que o inferno congelar' e, levando-se em conta que AINDA NÃO obtive sucesso na tentativa de ter relações amorosas com ela, então a opção 2 não é verdadeira.

Por isso, o inferno é exotérmico.'

O aluno Thiago Faria Lima tirou o único 10 da turma.

CONCLUSÕES:

'A mente que se abre a uma nova idéia jamais volta ao seu tamanho original.' (Albert Einstein)


'Um raciocínio lógico leva você de A a B. Imaginação leva você a qualquer lugar que você quiser.' (Albert. Einstein)

Paulo Fachel disse...

Realmente uma situação complicada, mas que a maioria das pessoas já passou. Quando não dá pra segurar. Que momento! O lugar em que que isso acontece nunca mais é visitado por quem passa isso.

Raul Pitbull disse...

Olha João, não to afim da Camila, não. É só uma amiga de blog.
Mas aconteceu comigo já. Tive que me limpar na beira da estrada com um sabugo de milho. Sério, gente.
Nossa Senhora do Popô Limpo!

CAMILA disse...
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Raul Pitbull disse...

Olha, Camila, tu é muito querida mas não é da minha "religião". Ha ha ha ha.
Fachel, eu te curto, viu!

Thais disse...
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João Angelli disse...

NÃO ESTOU TE ENTENDENDO THAIS, TU ACHA QUE SOU MAL CASADO?

AGORA, O RAUL CURTE É O PAULO, QUANTO A ISSO TU NÃO PODE FAZER NADA.

Thais disse...
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CAMILA disse...
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Raul Pitbull disse...

Vocês parem de me rifar viu. Eu só disse que curto o Fachel. Adoro os blogs dele. Queria que ele entrasse no meu Orkut.

Thais disse...
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